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Vida imprevisível, morte mais ainda.

Se tem uma coisa na vida que é imprevisível, essa coisa é justamente a vida. Hoje estou aqui escrevendo post pro blog, amanhã posso não estar. Hoje, você está do outro lado do pc lendo esse post, amanhã você pode estar longe, tão longe que distância nenhuma pode mensurar. Viver e morrer são fatores que ultrapassam qualquer entendimento. Ninguém sabe dizer ao certo qual é melhor ou pior, a não ser quem já passou pelos dois, e óbvio, não está mais entre nós pra contar história. Segundo a música de Renato Russo: 'viver é foda, difícil é morrer'. Já a crença popular, muitas vezes quer dizer que 'morrer é tranquilo, complicado mesmo é viver'. É estranho (e assustador, demais) pensar que não somos 'nada'. Passamos aaaanos construindo algo, correndo atrás de sonhos, conquistando alguns deles, e chega uma certa hora da vida que ficamos sós, conosco. Somos nós e nossas almas, apenas. Sabe-se lá pra onde nós iremos. E o resto, tudo aquilo que nos pertencia (amigos, família, e coisas materias) vão ficar aqui, naquele momento onde ricos e pobres se igualam, vulgo, bater as botas, fechar o paletó, subir pro andar acima, encontrar o Zé Maria...
Vou confessar que já quis morrer, não por falta de vontade de viver, mas pra ver quem choraria. Quando era pequena (quer dizer, menor), imaginava mil possibilidades de como poderia ser a morte: como num presídio, a gente morria, via quem sentiu nossa falta, e depois de um tempo, quem tivesse um bom comportamento poderia ter uma segunda chance; como no filme 'O Auto da Compadecida', a gente morria, logo depois alguém tocava uma gaita e a gente voltava; ou como o trenzinho que tem em Cabo Frio, onde a gente saía sem destino e parava em um lugar completamente diferente do que vivemos.
Embora minha imaginação seja fértil e minha curiosidade gigantesca, não quero saber qual é a real forma da morte. Aguento muito tempo ainda pra desvendar esse mistério ;) tá Deus? desabafei!


Sou implícita.

Não sou de me explicar, de dar satisfação, nem de contar exatamente tudo que cabe à mim aos outros. Tem coisas que você não tem vontade (nem a necessidade) de comentar com ninguém. Não sou de me entregar à pessoas recém-conhecidas. Tem formas mais verdadeiras de mostrar amizade, além de palavras, beijos e abraços. Não sou de fazer barraco, nem de discutir em público. Tem horas que levar desabaforo pra casa é preciso. Não sou do tipo de pessoa que pede a opinião alheia no que executa. Ter personalidade é tudo nessa vida. Não preciso beber para aparecer. Tem como você se divertir sem, necessariamente, perder a linha. Não costumo demonstrar tristeza. Tem jeito pior de ficar mais triste do que ficar remoendo angústia?

não desabafei, não sou explícita.

Sexta-feira 13 é o ano todo.

Azar é chegar no ponto de ônibus, estar mega atrasada e ver o ônibus que você precisava pegar saindo. Azar é estar urrando de fome no café da manhã, e o único pão da casa cair no chão com a parte do requeijão, justamente, virada pro chão. Azar é faltar luz no final de um texto que você estava escrevendo há horas e não tinha salvo no computador. Azar é querer ficar com alguém que você não pôde ficar porque estava namorando, e quando você termina, a pessoa estar namorando. Azar é esperar o dia inteiro pra ver seu seriado preferido de domingo, ligar a TV e perceber que a TV a cabo está fora do ar, o obrigando a escolher entre Domingão do Faustão, Programa do Gugu ou Eliana. Azar é perder sua carteira de identidade na véspera do seu aniversário de 18 anos. Azar é estar andando numa rua movimentada e o pombo cagar só na sua cabeça. Azar é chegar numa loja, se identificar com uma roupa e ter todos os outros números menos o seu. Azar é falar pro chefe que vai ao enterro de algum parente pra ir ao shopping, e chegando lá dar de cara com ele. Azar é sair de casa com o dinheiro contado, o perder na rua e voltar pra casa a pé. Azar é o seu!


desabafei, hoje não é meu dia de sorte.